
“Malpertuis,” o filme francês de 1977 dirigido por Harry Kümel, é uma obra cinematográfica que se destaca pela atmosfera densa e perturbadora. Baseado no romance homônimo de Jean Cocteau, o filme nos leva a uma viagem onírica através de um castelo gótico decadente onde segredos obscuros se escondem em cada canto.
A trama gira em torno de Tanguy Malpertuis, um jovem que retorna ao castelo da família após anos de ausência. A construção ancestral é habitada por uma série de personagens excêntricos e enigmáticos: seu avô, o marquês Malpertuis, enfraquecido pela idade; sua tia Constance, ligada ao sobrenatural; e sua prima, a bela e melancólica, Myriam.
A chegada de Tanguy desperta forças ancestrais e abre um portal para uma dimensão surreal onde passado e presente se misturam em um turbilhão de sonhos e pesadelos.
Personagens Memoráveis em Um Cenário Assombrado:
Personagem | Ator(a) | Descrição |
---|---|---|
Tanguy Malpertuis | Mathieu Carrière | Um jovem atormentado pela sombra do passado da família, buscando respostas para seus mistérios. |
Marquês Malpertuis | Robert Hossein | O patriarca enfraquecido, aprisionado em sua própria história de tragédias e culpa. |
Constance | Christiane Millet | A tia enigmática com um forte vínculo com o mundo espiritual e segredos obscuros. |
Myriam | Lea Massari | A prima bela e melancólica, a chave para desvendar os mistérios que envolvem a família Malpertuis. |
Explorando Temas de Identidade, Culpa e Obsessão:
“Malpertuis” explora temas profundos como a busca por identidade, a culpa familiar e a natureza obsessiva dos desejos humanos. A atmosfera gótica e surrealista do filme intensifica a tensão psicológica, mergulhando o espectador em um universo de incertezas e medos ancestrais.
O castelo, personagem central da narrativa, é um símbolo do passado que assombra a família Malpertuis. Seus corredores escuros e aposentos repletos de objetos antigos evocam lembranças dolorosas e segredos enterrados. A presença constante de retratos ancestrais reforça o peso da tradição familiar e as consequências dos atos passados.
Um Pesadelo Visual:
A direção de fotografia de “Malpertuis” é notável por sua atmosfera onírica e claustrofóbica. As cores escuras, contrastando com a luminosidade fantasmagórica, criam uma paleta visual inquietante que intensifica a sensação de suspense. Os planos amplos do castelo em ruínas realçam o isolamento da família Malpertuis e a decadência de sua linhagem.
A trilha sonora, composta por Philippe Sarde, contribui para a atmosfera densa e perturbadora do filme. Os sons dissonantes e melodias melancólicas acompanham a jornada psicológica dos personagens, intensificando o sentimento de angústia e medo.
Conclusão: Um Clássico do Cinema Surreal:
“Malpertuis,” embora pouco conhecido pelo público em geral, é uma obra-prima do cinema surreal que merece ser redescoberta. A atmosfera onírica, os personagens memoráveis e a exploração profunda de temas existenciais fazem deste filme uma experiência cinematográfica única e inesquecível. Se você procura um filme que te leve a um mundo de mistérios e intensidade emocional, “Malpertuis” é uma escolha perfeita.
Prepare-se para mergulhar em uma jornada fascinante pela mente humana e pelos segredos obscuros da família Malpertuis.